Só precisamos de oportunidade

Começo este texto já fazendo um pequeno disclaimer: sou negro de pele clara, adotado por uma família branca que sempre se esforçou para que não me faltasse nada e me deu todo o apoio necessário para eu crescer e me desenvolver pessoal e profissionalmente. Porém, nada disso impediu que eu também sentisse o preconceito na pele, se não no âmbito do trabalho, durante a vida e nas relações sociais, fossem elas breves ou duradouras. Com esse aviso dado, dou continuidade ao que venho falando em palestras, bate-papos e outros eventos para os quais fui convidado nos últimos anos para comentar, sempre do meu lugar de fala, a situação da comunidade tradutória negra no Brasil.

Escolhi o título deste texto breve, pois acredito com firmeza nessa frase como uma chave que pode reorientar nossa relação com a realidade precária de profissionais da tradução que se empenham para alcançar um lugar ao sol, mas que, por conta da cor da pele sentem muito mais dificuldade em avançar do que os demais profissionais que não enfrentam esse problema. E quando falo de oportunidade, não estou falando daquela que é oferecida quando o profissional já está formado e dando os primeiros passos. Falo de muito antes, da chance de ter uma educação de qualidade ­– direito de todos, não apenas das pessoas negras –, um lar acolhedor, apoio familiar, estrutura emocional não abalada pelos preconceitos que sofrem, enfim, uma série de situações que acabam determinando a trajetória de gente talentosa mas ferida no que há de mais importante, que é o orgulho de ser como é.

Tempos atrás, em uma quase brincadeira, pedi para que profissionais da tradução editorial que se identificassem como afrodescendentes respondessem a uma postagem no Twitter que fiz por ocasião do mês da consciência negra. Pedi também para que outros profissionais indicassem colegas que estivessem nessa categoria – que enxergassem em si as dores e as delícias da negritude. Na época, contei cinco profissionais. Em um ambiente com muitos profissionais atuantes em vários níveis. E, infelizmente, essa questão não muda muito quando se trata da tradução técnica. E esse cenário sistêmico é bastante preocupante, visto que trabalhamos com a diversidade e teríamos que defendê-la ao máximo, mas não é o que acontece.

Em muitos momentos já me perguntaram: “Você contrataria para um trabalho um profissional negro em detrimento de um profissional branco mais qualificado por conta da cor da pele de ambos?”. Já fui muito resoluto em dizer que não, de jeito nenhum, profissionalismo acima de tudo, e muitas pessoas devem estar fazendo que sim com a cabeça no momento da leitura desta frase. Porém, hoje talvez eu tenha uma visão um pouco diferente, pensando lá na frase que abriu esse texto. Só precisamos de oportunidades. E se eu enxergar um potencial naquela pessoa que está buscando uma oportunidade, ainda que possa me dar um pouco de trabalho no início, talvez eu hoje – e a ênfase no talvez é proposital, pois cada caso é um caso e toda decisão depende de um contexto – desse essa oportunidade para profissionais afrodescendentes que me mostrassem que valeria a pena o investimento. Talvez fosse uma maneira de eu trabalhar a igualdade desigual no meu microuniverso, ou seja, dar um pouco de protagonismo a quem nunca teve para que essa pessoa possa se aproximar de outros profissionais que alcançaram com mais facilidade o que ela, por tudo o que acontece no mundo, inclusive o preconceito, teve mais dificuldade de ter acesso.

E sinto já muitos narizes torcidos neste momento, pois a gente sempre pensa no que nos parece mais justo quando temos tantas justiças ao nosso lado. Porém, se pensarmos nas injustiças que os outros sofrem, muitas vezes por conta da cor de sua pele ou por qualquer outra circunstância que leva muitas pessoas às margens, talvez consigamos enxergar, mesmo que entre uma névoa de desconfiança, como uma oportunidade dessas pode mudar a vida de uma pessoa negra, enquanto para a pessoa branca poderia ser apenas mais um trabalho para o currículo. Acesso é muito importante, e está na hora de ele acontecer com mais frequência, está na hora de todos nós estendermos a mão e sermos mais solidários com quem realmente precisa. Em épocas de pandemia e à beira de um caos social e econômico, precisamos abraçar a todos, mas, principalmente, aqueles para quem a sociedade costuma virar as costas. Como fazer isso? Apoiando causas em que você acredita de verdade, mas não sem antes se aprofundar nelas, entender por que elas existem, entrar em contato direto com as militâncias e participantes. Apoiar iniciativas que podem dar oportunidade de entrada no mercado de trabalho para profissionais das minorias socioeconômicas, não necessariamente com dinheiro, mas também com tempo de monitoria, acompanhamento, treinamento e afins. E praticar a empatia o tempo todo, pois ela é importantíssima para qualquer profissional da tradução. A gente traduz o outro. E passa pelo exercício da alteridade entender o outro, abraçá-lo e trazê-lo para perto.

Petê Rissatti nasceu em São Paulo, no propício Dia Nacional do Livro. Bacharel em Tradução Inglês-Português pela UNIBERO e especialista em Tradução Alemão-Português pela USP, trabalha com textos desde 1998 e já atuou como revisor, gerente de projetos de tradução, preparador de textos e tradutor técnico, até se apaixonar pela tradução editorial. Tem mais de 80 livros traduzidos publicados, entre eles obras de Franz Kafka, George R. R. Martin, Stefan Zweig, John Scalzi, Friedrich Dürrenmatt, Samuel R. Delany, Felix Salten, Kurt Vonnegut Jr., Tomi Adeyemi e Veronica Roth. Também é professor de práticas de tradução literária e escrita em diversas universidades e cursos livres. Para mais informações, visite: http://peterissatti.com.br.

Guest post: Qual é o valor do seu trabalho?

Bem-vindos de volta à série de convidados do blog!

A convidada deste mês é a Laila Compan, do Tradutor Iniciante.

ValorImagem fornecida pela autora

Muito além da tarifa

Olá, tradutores! Tudo bem com vocês?

Vamos conversar sobre um assunto que vai um pouco além daquilo que nós estamos acostumados a ouvir, e que temos que demonstrar ao cliente da melhor maneira possível: o valor do nosso trabalho. E só para começar, quero fazer uma pergunta que tenho feito bastante lá no Tradutor Iniciante: qual é o valor do seu trabalho?

A pergunta parece fácil, mas não se trata da sua tarifa por palavra, lauda ou minuto. O valor do nosso trabalho vai muito além do preço que cobramos por ele, e é justamente demonstrando o seu valor que o cliente vai decidir se vai aceitar pagar aquilo que você está cobrando ou não.

Já parou para se perguntar por que o cliente contrata o seu serviço e não o do seu colega, já que todos nós fazemos praticamente a mesma coisa? Ou por que um cliente aceita pagar por um serviço sem pedir desconto?

Antes de continuar, vamos definir o que é valor. Segundo o dicionário, valor pode indicar, sim, o preço de alguma coisa, mas também significa o “conjunto de qualidades excepcionais que atraem respeito e consideração do outros”, ou seja, o valor não é apenas aquilo que as pessoas estão dispostas a pagar. Dinheiro, número, está relacionado a preço e não ao valor. O valor só existirá se o produto ou serviço apresentar algum benefício para o cliente, e é o próprio cliente que tem que perceber isso.

Vou dar um exemplo bem simples: por que uma pessoa prefere jantar no restaurante X e não no Y, mesmo sabendo que no primeiro terá que enfrentar fila, além de ser mais caro, sendo que no segundo é só chegar, sentar e comer e, no final, a conta ainda será mais barata? Geralmente, porque o ambiente do primeiro restaurante é mais acolhedor, o atendimento é melhor ou qualquer outra justificativa que a pessoa, o cliente, possa encontrar. O restaurante vai oferecer algo além da comida para criar valor e o cliente aceita pagar aquele preço, mas para isso acontecer, o cliente precisa perceber esse valor.

Para conseguir mostrar o valor do seu trabalho ao cliente, primeiramente, você precisa conhecer o tipo de serviço que presta, entender por que está cobrando determinada tarifa e o que tem a oferecer ao seu cliente. Isso envolve autoconhecimento e conversa com o cliente, e não apenas “tiragem de pedido”.

Faça um checklist de tudo o que precisa analisar:

  • Conheça o seu trabalho e o que você tem a oferecer ao cliente
  • Procure inovar na sua oferta e naquilo que você entrega (para fazer isso, é preciso conhecer o cliente e o que ele precisa)
  • Mostre para o cliente que ele só tem a ganhar contratando o seu serviço
  • Confie em você e no seu trabalho

Esse último item é o mais importante, porque se você não confiar, se não souber o que tem a oferecer ao seu cliente, não vai conseguir conquistá-lo.

Somente quando o cliente consegue enxergar o valor do produto ou serviço que lhe é oferecido terá a sensação de que a aquisição, independentemente do preço, foi um bom negócio. Por isso, é importante escutar o que o cliente deseja, identificar suas necessidades e então relacioná-las com o que temos a oferecer. Assim, ele conseguirá perceber o valor do que será feito.

Sobre a autora
Foto 2019Laila Compan é tradutora de espanhol, especialista em legendagem e tradução para dublagem, professora de legendagem, palestrante e idealizadora e criadora de conteúdo do Tradutor Iniciante.

Guest post: Uncertainties, new beginnings, and things in between

Welcome back to our guest post series!

Today, I have the pleasure of welcoming a great friend of mine, Mariana Sasso, translator, who is currently venturing into the freelance world.

Please note this post was written before the pandemic, so the running part applied to the pre-coronavirus reality. However, all her tips are great for our current reality.

Welcome, Mariana!

Source: Pixabay

When push comes to shove…

When something unplanned, unexpected, or incredibly awesome happens to us, like embarking upon an impromptu or unplanned trip to a fabulous place, or meeting someone fantastic for the first time, I’m sure any of us would be more than glad to experience these things with open arms. But, when the winds of change bring us “Lord Voldemort” instead of “Mary Poppins” (and by that, I mean: unemployment, disease, debt, last-minute emergency surgery, or the death of a loved one, for a few examples), it is not uncommon to feel like our world has crumbled like a tower of cards, or that the floor has vanished from under our feet – and, after going through what can only be described as an emotional tsunami over the past four years, I know this all too well and first hand.

Today, as I slowly pave the way of emotional recovery and search for a new and rewarding job, Caroline suggested that I make a list of things that might have helped me occupy my brain (hello, Black Sabbath) during this hiatus in my life. I loved her suggestion right away and hope that this can help – if not exactly inspire you in your own life (because, let’s get real: you won’t find anything revolutionary in my list below) – at least, make you feel comforted in knowing that we are all on the same boat, and that everyone has to struggle and fight in life, more often than we’d like to admit, in spite of what unrealistic social media posts would want us to believe. So, here’s my small (yet prolix) list of things I have been doing while I prepare for the next stage in my life:

Catching up with my reading: I guess you’re going to agree with me when I say that, after our souls were offered in sacrifice to the gods of Instagram, Netflix, Amazon Prime and WhatsApp, the number of books we all read has decreased exponentially, am I right? Personally, I’ve never gone too long without turning a page, but, after I got my first smartphone some years ago, I feel like my brain has been screaming for help, buried under a thick layer of dust and spider webs hanging from its four walls. So, now that I have been “in-between jobs” (which is a fancy way to say “unemployed”), I figured this could be the ideal moment to tackle this predicament with a twofold plan of action: 1) I stopped beating myself up for being a lousy reader, and accepted that I had to stop shaming myself for not reading books anymore if I wanted to have some self-respect and move on; 2) I did the only thing that would solve my not-reading problem: I chose something short to get me back on reading, instead of a long novel, for example. My go-to writer in these cases is David Foster Wallace. This American writer was very prolific in his production of short stories and essays, which have inspired me in my own writing and helped me learn new ideas, linguistic structures and vocabulary. Also, I can read one essay or short story per day, which is not much, but gives me a sense of achievement and continuing progress, which is a more than welcome feeling. Of course, the number of brilliant authors suggested here would be never-ending, but starting by David Foster Wallace’s short stories and essays has been working wonders for me.

Catching up with my physical health: As a freelance translator, I spend most of my hours just sitting on a chair, and the longest distance I walk on a daily basis is the one that connects my office to the bathroom or the kitchen. Here, once again, I know for sure that I am not alone in this, right? Our modern world has been perfectly designed to make us perform the highest number of tasks without having to move more than three fingers (hello, smartphones and all the apps). So, if I didn’t make a conscious effort to actually stand up and start moving, now that I have been spending so much idle time at home, I would only prolong this unhealthy state of sedentarism. So, “for no particular reason, I decided to go for a little run” (hello, Forest Gump). However, in my case, it was actually a little walk – I just did exactly what Forest Gump did in the movie: I stood up from my chair, opened the door to the street, and started walking. I just went, walked around the block, and came back home. I didn’t allow me to get caught up in thoughts of buying a new pair of sneakers, changing into leggings or gym suit, or setting a playlist up for the journey. For me, all these preparations, however important and healthy they really are, were only making me find excuses not to do any exercise at all. So, I decided to just stand up and go! Eventually, I was exercising every day, for as long as it felt relevant and pleasant to me – no charts, no rigorous schedules, no self-beating for not overachieving, no self-blaming or any other reproaching feeling. Now, I exercise because I love my body and want to make it feel good, healthy and prepared for when I start working again, and not because I have to or because I need to punish myself. Important: The idea here is to be inclusive of all types and shapes of bodies, including those with disabilities. No one needs to do more than what we can do to be healthy, and doing the best possible with what we’ve got is more than awesome!

Catching up with my mental health: I cleaned up my Instagram feed, so that I would stop seeing unrealistic images of body types and lifestyles, that, exactly because they were unrealistic, unreasonable, and unsustainable, were only making me feel like an underachiever. I started following only people (especially women) that I find inspirational in how they grab their daily bulls by the horns and in how they make me feel like getting up and joining them in doing the best I can with the tools I have on that day. Sometimes, at the end of the day, I am able to add a checkmark in front of every bullet added in my to-do list. Other times, I fail miserably and just have to deal with it. Either way, I make a conscious effort to respect myself and walk hand-in-hand with… me! I don’t always love myself, and I very often tend to fall prey to the trap of self-loathing, but I have been trying to make a conscious effort not to give up on myself. I am just hanging in there a day more, and, together, myself and I, with self-respect and patience, we can get to the end of the tunnel.

Catching up with my studies: Do you sometimes also feel like you know nothing, that you are a fraud or that you are lucky someone actually hired you? I hear you, my friend. Impostor syndrome is no joke, and it can hit you hard. So, what I decided to do is brush up my English skills the best way I could at the moment. The first thing I did was study for certification tests (like TEOIC, TOEFL and IELTS, for example). There’s plenty of either free or paid material online that we can download and study for a few minutes, or even some hours, depending on our purpose. I feel that it has helped me a lot, especially on my writing and reading skills. Another thing I did was to purchase an online English course with native tutors. This way, I practice for a few hours a week with a native teacher, who can correct my mispronunciation and help me knock some rust off my speaking skill. However, these courses can be quite costly, in which case there’s always the possibility of reaching out to a fellow translator or English teacher and establishing a partnership for tandem studying and mutual improvement. Another thing that I find has helped a lot improve my writing skills is keeping a daily journal. I just sit and write, at least one single sentence every day in my journal. Simple as it may sound, this can be a very challenging and productive self-improvement effort.

Catching up with social responsibility: Here’s where we look out of our “miseries” and see how much the world needs our active presence and involvement. I won’t make a list of things, people, institutions or places that would desperately need our active engagement, because it varies so much from place to place, country to country, and people to people, but I will say that there’s no better time to start volunteering than when your schedule is mostly free and flexible. All it takes is the first step; reaching our hands out just a tad, and a path of self-discovery, self-healing and extremely fruitful and enriching interactions will open right in front of us.

Now, to conclude, because I’ve come a long way in my grieving/sabbatical period, and because I feel a lot better now, I find myself in a place where I would like to wave my hand high at people who might be going through challenging or even devastating situations. I am not here to try and spread pearls of wisdom or dispense unrequested advice, but, rather, to remind you that things can, and will, eventually get better and that, with a huge help from our friends and family, and maybe a significant amount of medical treatment and medication, which was exactly my case, we can all get through tough times. Meanwhile, during this process, we can catch up on things that, for whatever reason, have been neglected along the way. You can count on me if you need encouragement or help. Together, we go farther!

Sobre a autora

Mariana Barontini Sasso has been a technical translator of English and Portuguese since 2008.

Guest post: Adapting to our new reality

Welcome back to our guest post series!

Today, please welcome Virginia Katsimpiri, Greek translator, who will talk about how to turn your translation business into an online model.

Welcome, Virginia!

Photo by Arnel Hasanovic on Unsplash

How to turn our translation business model into a virtual one so as to adapt to the new reality

When I was creating the slides for my presentation for the BP20 Conference on client-retention strategies and how to turn your existing clients into loyal promoters of your business previously this year, I could not have predicted the coronavirus crisis that would hit us all. As a result, I had to adapt the content of my speech to the current situation, which inspired me to think of methods of turning the strategies I was going to teach into online ones. And eventually our business model into a virtual one. 

Before getting into this article’s topic, I would like to mention that we, as translators and language professionals, are lucky enough to be able to practice our profession even the current situation or in the event of such a coronavirus crisis.

And I know you might be thinking, “What about us who work in-house, who are interpreters, or who are even legal translators that cannot go to the court under such circumstances?” Well, I repeat: We are lucky enough to be able to turn our business model into a virtual one, work as freelancers with clients from all over the world, or even as employees with teleworking.

I know that too many translators put all their efforts towards optimizing their sales funnels and forget about what comes after a customer makes a purchase. 

Did you know that gaining new clients is 25% more expensive than retaining your existing ones?

Here are some excellent strategies you can use not only to make loyal promoters out of your clients BUT also to turn your translation business model into a virtual one:

Engage with Your Clients Online

When you interact with clients online and show them that you value their opinion, your customers will think positively about your brand. 

This has become easier than ever especially nowadays that the whole world is connected online.

Online presence
With your website and your online presence through your social media accounts, you can interact with customers anytimeanywhere.

Direct contact
Reach customers by directly engaging with them. 
Use social media to publish posts that start a conversation, or questions that encourage customers to share their opinion. 

I totally recommend you respond directly to your customers’ comments, posts, questions, and even tweets.

High-quality content
It is very important to create high-quality content that is useful and informative for your ideal clients. They’ll appreciate your publishing content they can use, leading them to share it with their own network.

Diverse content
In order to get the best possible results, you can publish different forms of content, such as articles, videos, gifs, infographics. That way you can reach different audiences no matter what type of content they look for.

Interactive website
Set up an interactive website where your ideal clients can interact with you. How can you create an interactive website? It is simpler than you think: You can add a review section, a Q&A page, why not a live chat? All of these ways are effective when it comes to boosting your interactivity.

Hold Online Events 

One of the best ways to spread word of mouth about your business is by setting up events. Many colleagues among us know that very well and have been practicing that method for many years.

They can give you a chance to connect one-on-one with your potential customers.

The best way to have better results is to keep in mind your target market. 

Tip 1: Your clients will enjoy an event even more if it has content that fits their own unique needs and interests.

Tip 2: Your clients can help your brand reach a larger audience more effectively than you could on your own. 

Tip 3: In order to spur more participation, you can offer small giveaways for anyone who posts or tweets about the event. It can be a discount in project, or a printed calendar with your logo, for example.

Many of you have been asking me what those events could be. I always encourage my mentees to be creative and resourceful. For example, I started hosting lives on my translation business Facebook account every Monday to discuss issues my clients would be interested in.

Provide First-Class Customer Service Online

Customer service horror stories can spread in no time. It has been shown that complaints about a company’s customer service have twice as much reach as positive stories, on average. Can you imagine that?

Sometimes you cannot avoid complaints, but you can handle them the right way so each and every one of your clients feels like a priority. 

Personalised communication
Start by genuinely talking with your customers and addressing them by name. A personalized message is much more effective at engaging the recipient and building brand loyalty.

If there is a problem with one of your clients and/or projects, be respectful as you take steps to solve it. 

Valuable feedback
The more comfortable you make the customer feel, the more likely they are to appreciate your customer service and provide valuable feedback that helps you improve your business.

Always aim to go above and beyond in terms of service. Instead of learning about issues when customers complain, follow up with every customer to make sure they’re satisfied with their purchase. How you can do this? 

A very common and simple way is to use a free app/software/tool to create a survey online asking your clients to give you feedback about your work. You can send it as soon as you deliver a project. It’s an online process that builds trust between you and your clients, creating a long-lasting relationship with them. That is also a great way to ask for a testimonial that you can share later on your website or social media accounts.

Offer Freebies and Special Deals also Online 

As a great tactic, you can consider sending occasional gifts to your clients. It doesn’t have to be anything major – most of people will perceive it as a nice gesture.

I will never forget a very nice purple notebook I got from Caroline last year with her logo on it in Bologna during the BP 19 Conference as a nice gesture and also a great marketing strategy. 😉 I still have it at my office!

Customer loyalty programs and referral programs are beneficial for your business and build brand loyalty.

  • Loyalty programs lead to more sales and reward clients. You can offer a discount, for example, to loyal clients.
  • Referral programs help you build a larger customer base while rewarding customers who spread the word about your business. You can offer a percentage of the earnings to the person who refer you to potential clients, or hire a salesperson to do this professionally. 

Unexpected extras, even if it’s something as simple as an email with a discount offer or a personal letter, give customers a positive impression of your business. They’re also an easy way to keep your brand on your customers’ minds.

Final Thoughts

Sales are the lifeblood of your translation business but focusing entirely on your sales means you’re only considering short-term goals without seeing the bigger picture.

Nowadays, especially during this lockdown, we have the perfect occasion to start implementing the above-mentioned strategies to attract projects, if not now in the near future. This is the right time to be present online and remind our ideal clients about our brand.

To build a strong brand that continues growing, you need to develop a connection that makes customers want to promote your brand for you. How cool would that be?

 You can connect online through your web presence and with events. Make sure that you provide excellent service and the occasional bonuses that consistently make your customers happy.

Let me know if you have any more ideas that could help us transform our business model into a virtual one.

If you still struggle with finding clients, getting more projects and creating a steady workflow, I’ve got you covered: I created a 90’ free masterclass to teach all strategies that I’ve used and that helped me expand my business over the years, and triple my income over the last few years.

Register for free here now! It’s tomorrow, May 28, 5 pm CET!

I created this masterclass especially for these times of crisis we’re all experiencing.

About the author

Virginia Katsimpiri is an English & French to Greek Certified Translator, with more than 13 years of full-time translation experience in the following fields: law, finance & aeronautics/defence industry. She holds an ΜA in Translation & an Executive MBA. As a certified translator and coach, Virginia teaches and practices translator mentoring methods. For her MBA dissertation Virginia ran a qualitative research study on “Client Acquisition Strategies for Language Professionals”, while she helps other translators to attract clients and build their profitable business.
You can visit her website or LinkedIn

Guest post: Benefícios dos óleos essenciais

Sem bem-vindos de volta à série de convidados!

Hoje, recebemos a Juliana Mendes, patrocinadora e palestrante do evento “Dia do bem-estar”, que estou organizando com o William Cassemiro. Ele será realizado no dia 8 de fevereiro, em São Paulo. As inscrições estão abertas e são limitadas! Saiba mais aqui.

pordosollavanda

Imagem fornecida pela autora

A renovação pela tradução

A tradução chegou na minha vida durante meu estágio de faculdade. Sou formada em Produção Editorial – área que escolhi pelo meu amor aos livros. No meu estágio em uma grande editora, trabalhei em uma revista para adolescentes que usava matérias de uma revista americana. Um dos fatores mais importantes para a minha contratação foi justamente o fato de eu ser fluente em inglês. Essa experiência foi extremamente importante em minha carreira e nela pude melhorar meu vocabulário em uma época em que ainda não tínhamos o Google – sim, muito tempo atrás. Lá também atuava como produtora de moda e fotografia, aprendi na prática processos de editoração eletrônica e pude descobrir como todo o processo gráfico se desenvolve com todo o dinamismo, pesquisa, escrita e revisão. Tornei-me uma pessoa capaz de lidar com muitas tarefas que eu hoje utilizo em meu trabalho como tradutora e que fazem com que eu possa oferecer um resultado melhor para meus clientes.

Após meu estágio, fui contratada por uma rede de lojas de roupas femininas. Cuidava de todo o visual da marca, mas também dava treinamentos sobre vendas, postura das equipes e visual. Nesse momento, eu conheci uma pessoa que mais tarde mudaria toda a minha vida.

Depois dessa experiência, tive muitas outras que acredito terem sido importantes em meu processo de crescimento como pessoa, líder e empresária.

A tradução sempre esteve presente em minhas outras empreitadas. Sempre aparecia com a necessidade do meu trabalho – como secretária de presidência ou para ajudar algum amigo estrangeiro, alguém da família e em alguns estudos em que eu me interessei e me propus a fazer para meu crescimento pessoal. Entre esses estudos, muito material de PNL, numerologia, espiritualidade e Aromaterapia.

A Aromaterapia entrou na minha vida cerca de 20 anos atrás, por meio de uma amiga e coach que me orientava e que me fez entender que não podemos apenas crescer profissionalmente – nosso lado pessoal é uma parte importante do processo de crescimento profissional. Não adianta só pensar na carreira e esquecer que você tem que estar feliz para conseguir ter criatividade, resiliência, produtividade e realização.

Comecei usando o óleo de lavanda, como a maioria das pessoas. A lavanda é, sem dúvida, a planta mais utilizada em fragrâncias, cosméticos, perfumes. Todo mundo tem a memória afetiva da lavanda registrada em seu sistema límbico, parte do sistema neurológico que cuida de nossas memórias afetivas e remete a sabores, aromas e lembranças (boas ou ruins).

A Aromaterapia cresceu muito nesses últimos 20 anos. O que antes era hábito mais comum entre os europeus recebeu o input americano e a busca por pesquisas científicas sobre plantas, óleos e aromas – processos de extração, níveis de pureza, maneiras de uso e resultados. A humanidade, mesmo crescendo em velocidade galopante nos últimos anos em tecnologia, percebeu que a busca por resultados em torno da felicidade e bem-estar também era necessária.

Disso vieram as pesquisas sobre alimentação, nutrição esportiva, restrições alimentares, superalimentos, suplementação e regulações na indústria de alimentos que terão que se adequar a esse novo mercado formado por quem busca cuidar melhor do corpo e da mente.

Durante minha jornada profissional, conheci muitas pessoas que foram importantes para o meu crescimento, principalmente para o desafio de ser empreendedora.

Após anos trabalhando como secretária, gerente regional de bilheterias de teatro, área comercial (sim, sou uma vendedora nata) tive a chance de trabalhar com a pessoa que mais me ensinou sobre ser uma empresária. Sobre resiliência, escolhas, foco, resultados. Sobre não ter medo de trabalhar, sobre não ter uma visão a curto prazo para os resultados que sempre desejei atingir. Fui secretária do Abraham Kasinsky, lenda da indústria automobilística brasileira. Foram quatro anos de dedicação diária, amor, aprendizado com um homem que ditou quais deveriam ser as regras para a nossa indústria. Destemido, começou seu império “com uma caneta Parker e peito”, como ele mesmo dizia. Essa visão de como as pessoas devem ser lideradas – com igualdade e respeito, como as empresas precisam de resultados, como não devemos temer dar um passo maior quando chega o momento de decisão para a próxima etapa de grande crescimento – aprendi com ele.

Pude colocar essa visão em prática quando, com meu marido, comprei uma loja de produtos naturais de uma grande rede de franquias. O desafio foi enorme. Aprendi a ter que dar resultados para poder manter não só a minha família, mas a de meus colaboradores também. Aprendi a ouvir as pessoas (longo processo de treinamento com o Sr. Kasinsky) e identificar suas necessidades, atendê-las como pessoas e não apenas como clientes. Essa loja me fez adotar novos hábitos de alimentação e qualidade de vida. A ter metas, cumpri-las e superá-las. A ser dona do meu nariz com todas as consequências que isso traz.

Após quase 7 anos com a loja, tivemos uma excelente oferta e resolvemos vendê-la. Já havíamos atingido nossos objetivos – já tínhamos transformado uma loja quebrada em uma loja maravilhosa. Já havíamos mudado de endereço. Já havíamos multiplicado nossos resultados absurdamente e já havíamos cumprido nosso caminho naquele que foi, sem dúvida, um período de muito crescimento para nós.

Em 2017, um ano antes da venda de nossa loja, eu já estava em busca de um plano B. Eu já não tinha mais tanta satisfação com o meu trabalho. Tinha estagnado. Comecei a me perguntar com o quê eu gostaria de trabalhar e decidi que tinha que ser algo que eu realmente amasse. Foi aí que a tradução voltou à minha vida. Fiz alguns cursos para voltar preparada. Tirei minha certificação do idioma inglês.

Em 2018, vendemos a loja e nos mudamos para Santos – cidade em que eu sempre quis viver. Passei um ano inteiro estudando, fazendo novas conexões. Fui atrás de muito conteúdo para poder me adequar ao mercado e desenvolver essa minha “nova” carreira.

Veja, o crescimento que obtemos é aquele que temos como objetivo. Nós ditamos com quem e em qual mercado queremos trabalhar. Com experiência e trabalho sério, podemos estabelecer nossas tarifas, conquistar novos clientes, melhorar nosso rendimento. Há que ter muita determinação para ser um freelancer. Há que se perder medos, enfrentar novos desafios e aprender todos os dias – com os erros e como melhorar os acertos também.

Em 2019, comecei mais um negócio que consigo gerenciar com o meu trabalho como tradutora. Sou distribuidora e educadora em Aromaterapia da maior fabricante de óleos essenciais do mundo. Descobri que não sabia muita coisa sobre os óleos essenciais – mesmo tendo desenvolvido em minha loja um local de referência para compra e orientação sobre o uso de óleos essenciais.

Traduzi muito material para estudo, pesquisa e treinamento. Pude pesquisar mais profundamente, estudar, aplicar e ver a diferença que a pureza de um óleo pode trazer para a vida. Nesse processo interior, apliquei os óleos no meu dia a dia de maneira nova, consciente, consistente e vi os resultados não só em meu trabalho e felicidade, mas em toda a minha família. Pude conhecer pessoas que têm uma visão de vida muito parecida com a minha e ver um novo horizonte profissional, trazendo de volta para a minha vida a prática de ouvir e ajudar as pessoas (adoro isso!).

Os óleos podem ser usados de várias maneiras, e suas moléculas entram em nosso corpo pelo olfato, pele ou ingestão – veja, não estou falando de qualquer coisa que você encontre por aí dizendo ser um óleo essencial de grade terapêutica. Assim como temos cuidado ao escolher nossos alimentos, cosméticos, produtos para a casa e suplementos – que entrarão dentro do nosso maior templo, nosso corpo – temos que ter cuidado ao escolher nossos óleos.

Algumas dicas de óleos essenciais e uso:

Lavanda – o mais universal dos óleos – tem efeitos calmantes para a alma e pele, cicatrizante (aplique em queimaduras e verá), limpeza e desinfecção.

Alecrim – esse óleo é conhecido por seu uso em situações em que precisamos aumentar nosso foco e concentração – ajuda a oxigenar as células do cérebro, aumentando nosso desempenho.

Limão – temos que ter cuidado com o óleo de limão e qualquer outro óleo ou blend que contenha frutas cítricas. Eles são fotossensíveis e podem causar manchas na pele. O óleo de limão é rico em limoneno – substância exaustivamente estudada e pesquisada por suas propriedades antioxidantes. Promove a alegria, equilibra o pH do nosso organismo quando ingerido.

Ficou curioso?

No dia 8 de fevereiro, serei palestrante no Dia do Bem-Estar, evento destinado a pessoas que trabalham geralmente sozinhas, empreendedoras, e que, por isso, muitas vezes acabam extrapolando o seu limite e enfrentando grandes níveis de estresse.

Se você é uma dessas pessoas, participe!

Em meus canais também promovo vídeos e treinamento sobre o uso dos óleos e suas propriedades. Dê uma olhada em minhas redes sociais: LinkedIn, ProZ.com, site, página da Young Living, Instagram e Instagram da Clever Essentials.

Entre em contato e ficarei feliz em te ouvir e ajudar:
cleveressentialsbrasil@gmail.com
contact@translatingptbr.com.br

Sobre a autora
perfil ju

Juliana Mendes é tradutora técnica, empresária e educadora em óleos essenciais.

Guest post: Contabilidade para freelancers

Sejam bem-vindos de volta a mais uma publicação convidada!

As coisas por aqui estão conturbadas neste fim de ano; por isso, as publicações estão bagunçadas. Mas aqui estamos nós com a última convidada do ano, a Paulinha Vianna, que criou o aplicativo de gerenciamento de projetos e contabilidade para tradutores, o 2Manager.

Bem-vinda, Paulinha!

austin-distel-goFBjlQiZFU-unsplash

Crédito: Austin DistelUnsplash

Quanto custa o seu tempo?

Quanto tempo você gasta na sua rotina de contabilidade? Sendo freelancer, sem uma equipe para fazer isso por você, você já parou para pensar no tempo que gasta para organizar suas finanças?

Atualmente, sempre que me procuram me pedindo alguma dica de finanças e eu começo a perguntar da rotina financeira, sempre recebo as seguintes respostas: eu tenho uma planilha do Excel (que mal preencho) ou faço controle no papel (bloquinho, post-it, desktop). E nunca, nunca mesmo, há planejamento financeiro no curto ou médio prazo. Trocando em miúdos, a pessoa não sabe se pode parcelar um computador novo, por exemplo, pelo simples fato de que não sabe corretamente o que tem para receber (apenas uma ideia aproximada, devido ao volume de trabalho).

Eu não sei vocês, mas essa falta de informação não serve para mim: eu preciso ter controle do meu dinheiro o tempo todo. Quanto, em dinheiro, estou fazendo no momento (mas ainda não cobrei), quanto estou para receber e, por fim, quanto já recebi e devo enviar ao contador para fazer a minha contabilidade. Mas não dá para perder tempo com essas informações, nem para produzi-las e coletá-las. Você, assim como eu, freelancer, sabe que nossa ferramenta mais valiosa é o TEMPO. E se gastamos nosso tempo nos organizando (ainda que de maneira eficaz), não produzimos – e consequentemente – não ganhamos dinheiro.

Recentemente, eu tive uma experiência com o meu programa de gestão financeira que, sinceramente, me valeu tudo o que sempre recomendo para as outras pessoas. Organização, disciplina e atenção ao financeiro, tanto quanto às minhas traduções.

Aconteceu de um cliente entrar em contato me pedindo para rever os valores que ele já tinha pagado, pois ele acreditava que estava me pagando em duplicidade. Claro, qualquer pessoa pode dizer que não é preciso muita disciplina para resolver isso, basta ir no bankline e tirar uma cópia do extrato. Sim e não. Se você faz isso, tem que se lembrar (e eu sou péssima em lembrar qualquer coisa) de quando o cliente te pagou ou então, como disse antes, perderá tempo fazendo essa checagem. E esse foi o grande “pulo do gato”! Eu entrei no meu controle financeiro e tinha exatas duas faturas pagas, uma vencendo e outra para o mês seguinte. Em 30 segundos, eu tinha toda a informação necessária, passei para o meu cliente e o problema estava resolvido. Agora ele sabe qual o valor que me deve e qual já tinha pagado (nenhum em duplicidade).

Ao retornar com a informação em 30 segundos (que, de qualquer outra forma, eu demoraria ao menos 1 hora), eu economizei meu tempo (continuando a me dedicar à tradução do dia), evitei erros (porque a informação ali estava correta) e evitei estresse (tanto para mim quanto para o meu cliente).

E se eu não demorei nada para coletar essas informações, menos ainda eu gasto para produzi-las. Para um controle eficiente, qualquer que seja o método, a disciplina é o único caminho. Então, sempre que chega um novo projeto, eu o lanço na ferramenta assim que recebo o aceite do cliente.

É fator calmante para mim, e para o meu nível de estresse, saber onde o dinheiro está. Assim, nos momentos de desespero, quando acho que estou “indo à falência”, eu abro a ferramenta e vejo todos os dados prontos, todos os valores. Isso me acalma mais que Rivotril. 😀

Por isso é tão importante o controle financeiro, ainda mais quando somos CEO, head de contabilidade, a moça do café e a faxineira da nossa empresa. Não podemos delegar essas tarefas, a não ser para nós mesmos. E numa rotina puxada como sei que a sua é, não dá para perder tempo com gestão ineficiente.

É muito importante, então, que você analise friamente o seu controle financeiro: ele atende a todas as suas necessidades, tanto na gestão de informação quanto na gestão do tempo? Porque se ele não atende a um desses requisitos, agora pode ser o momento ideal para você mudar e fazer diferente em 2020, agregando tempo ao seu dia a dia, para conseguir se dedicar ao que realmente importa: o seu negócio.

Eu, Caroline Alberoni, decidi mudar em 2020 e trocar o Excel por uma ferramenta de gerenciamento de projetos e contabilidade: o 2Manager, da Paulinha Vianna. A ferramenta já está instalada no computador, pronta com todos os meus clientes e informações necessárias para que, a partir de 1º de janeiro de 2020, eu possa começar a usá-la para valer! Bora ser mais controlado e organizado financeiramente comigo em 2020? Assine a minha newsletter e aproveite a oferta especial de fim de ano que enviarei na próxima segunda-feira.

Sobre a autora
WhatsApp Image 2019-12-08 at 20.06.21Paulinha Vianna é a criadora e fundadora do 2Manager – o app do freelancer. Uma ferramenta de gestão financeira personalizada para o seu negócio em que você tem o controle do dinheiro por toda a cadeia produtiva: desde a hora que o projeto chega até a retirada final dos lucros.

Guest post: Diferenças culturais entre Japão e Brasil

Bem-vindos de volta à série de convidados!

Hoje tenho o prazer de receber a queridíssima Anna Ligia Pozzetti, intérprete de japonês.

Bem-vinda, Anna!

alain-pham-WMdKyKpmYDI-unsplash

Crédito: Alain PhamUnsplash

Bilíngue e bicultural: o tradutor e intérprete completo

Ao assistir a uma peça de Kabuki, tipo de teatro tradicional japonês, um estrangeiro desavisado pode ficar intrigado com os ajudantes de palco, vestidos dos pés à cabeça de preto, que entram em cena para auxiliar a troca de roupa dos atores durante as apresentações. Eles são chamados de Kuroko (黒子), e os dois ideogramas utilizados significam “preto” e “pessoa”. Mas o que essa palavra significaria caso fosse usada em uma reunião de negócios, sem nenhuma relação com qualquer linguagem artística japonesa? Significa alguém que ajuda os outros sem aparecer em público, alguém que dá suporte nos bastidores: um consultor externo, um conselheiro e, também, o tradutor ou intérprete. Expressões como essas estão presentes em todos os idiomas e, muitas vezes, precisamos realizar adaptações para que uma expressão faça sentido em outra cultura.

Um intérprete profissional consegue rapidamente realizar essas adaptações com sucesso, pois não basta ser bilíngue; é também preciso ser bicultural.

Falando nos problemas de comunicação que podem surgir, vamos começar com a questão puramente linguística. No caso do Japão, por exemplo, uma parcela significativamente pequena da população consegue se comunicar bem em inglês. O país tem a pior nota do TOEFL da Ásia, em termos de conversação, e estima-se que não mais de 7% dos japoneses em posição de liderança falam inglês. Por outro lado, para um estrangeiro conseguir dominar o idioma japonês a ponto de transmitir com acurácia a sua intenção é necessário conhecer mais de dois mil ideogramas, para início de conversa.

Mas os percalços na compreensão do conteúdo de uma reunião também acontecem como resultado dos diferentes valores culturais e costumes. Na conversação, apesar de ambos os lados acreditarem que realizar uma boa explicação é o suficiente para o entendimento mútuo, há um grande gap de crenças e comportamentos que são únicos a cada cultura. Por exemplo, um japonês não olhará diretamente nos olhos do seu interlocutor estrangeiro, pois é uma atitude considerada rude em seu país. Já um brasileiro pode ficar bastante incomodado com essa atitude, levantando suspeitas sobre as intenções do japonês com quem está conversando. Por outro lado, um brasileiro não ter todo o apreço com o cartão de visita como os japoneses tem, o que inclui regras de como entregar, receber e guardar, não significa que não há respeito pelo seu interlocutor. Só significa que nós não temos esse mesmo costume, e o cuidado com aquele pedaço de papel significa bem menos para nós do que para eles.

No caso da tradução, um exemplo interessante é o caso do slogan da Nike. No livro Translating Cultures: An Introduction for Translators, Interpreters and Mediators, de David Katan, o autor explica o caso publicado na Business Week, em 25 de abril de 1992. A Nike estabeleceu o seu slogan “Just Do It” em 1988. A ideia original não era traduzir o slogan, pois o objetivo do CEO era enfatizar que a marca é americana, algo que, na época, era considerado um grande atrativo. Além disso, vários idiomas não tinham uma estrutura semântica com três palavras que expressasse essa ideia. Yukihiro Akimoto, que se tornaria o CEO da Nike Japan, foi para os Estados Unidos para passar quatro meses imerso na cultura empresarial da Nike. No entanto, após esse período, a sua proposta para a tradução seria “Hesitar é perder tempo” (Hesitation makes waste/躊躇するな). O time da Nike ficou horrorizado, e a proposta foi refutada imediatamente. Segundo a revista, a dificuldade em encontrar uma tradução equivalente ao “Just Do It” encontrou, no Japonês, não só a barreira semântica, mas também cultural. No Japão, “feito não é melhor que perfeito”, e existem diversas etapas de planejamento e organização antes da etapa de concretização de um projeto. Um famoso provérbio japonês diz que é preciso permanecer sentado por três anos na pedra para aquecê-la. É preciso tempo. O slogan continua em inglês até hoje, pois seria impossível fazer adaptações culturais para cada país.

Nesse sentido, ao iniciarmos uma tradução ou interpretação, não basta termos o domínio do idioma, pois isso não nos fará um bom kuroko, que estará fazendo todo o trabalho nos bastidores da adaptação cultural. O sucesso é atingido quando o leitor não sente uma falta de naturalidade no texto ou quando o participante de uma conferência ou reunião não se sente incomodado em ouvir a voz de outra pessoa. E para sermos ao máximo invisíveis, precisamos transmitir uma ideia falada, dentro de um contexto cultural, de forma que faça sentido no idioma de alguém que advém de outra cultura. Transmitindo a ideia correta, sem alterar o seu sentido, é claro. Ou seja, além de ter um excelente domínio de ambos os idiomas, o tradutor/intérprete é um importante comunicador intercultural e vai muito além do trabalho da tradução automática, que simplesmente substitui as palavras. Ele vai além das palavras e auxilia a minimizar o gap de comunicação que surge por questões culturais.

Sobre a autora

AnnaLigiaPozzetti_044

Fotógrafa: Lívia Conti

Anna Ligia Pozzetti é formada em Ciências Econômicas pela Unicamp e mestre em história econômica pela mesma Universidade, onde teve a oportunidade de estudar economia e ciência politica por um ano na School of Political Science and Economics da Universidade de Waseda, em Tóquio. Com mais de 7 anos de experiência como tradutora e intérprete de japonês, sendo certificada pelo Center for Interpretation and Translation Studies da Universidade do Havaí onde cursou o Summer Intensive Interpreter Training Program em 2019. A sua conexão com o idioma e a cultura japonesa é decorrente dos 6 anos em que viveu no Japão ao longo da infância, onde adquiriu a fluência no idioma e incorporou a cultura em suas raízes.

 

Guest post: O que é esse tal de mindfulness?

Seja bem-vindo (de volta) à nossa série de publicações convidadas!

Hoje, depois de voltar de uma aula matinal de yoga, tenho o prazer de receber Amanda Ribeiro, intérprete, que falará sobre atenção plena (mindfulness).

Bem-vinda, Amanda!

lesly-juarez-DFtjXYd5Pto-unsplash

Crédito: Lesly JuarezUnsplash

Mindfulness: como manter a cabeça no lugar

Sempre que eu ouvia falar sobre os benefícios da meditação, eu já me adiantava e dizia que não era para mim. Afinal, moro num apartamento que fica em uma avenida movimentada de São Paulo, não tenho como me sentar diariamente em posição de lótus para ver o nascer do sol do topo de uma montanha, muito menos como desfrutar de silêncio absoluto. Além disso, minha cabeça é como o YouTube: é só propor um assunto e ela já deixa engatilhada uma lista infinita de sugestões relacionadas – ou nem tão relacionadas assim. Por essa e outras, “pensar em nada” estava fora de cogitação.

Somado a isso, vivemos na era da informação, da hiperconectividade, das mudanças rápidas, de volumes inimagináveis de dados, notícias, atualizações, livros, audiolivros, podcasts, revistas, séries, filmes e aplicativos que medem tudo nessa vida, com apenas um clique.

Todo esse volume de informação e de possibilidades, combinado à minha mente naturalmente inquieta de intérprete e personalidade que não acredita que exista cultura inútil, começou a pesar e a me sobrecarregar. Não demorei a sentir os sintomas de ansiedade, dificuldade para dormir e angústia por sentir que estava sempre devendo, sempre às voltas com tanto conteúdo pra consumir e tarefas por cumprir.

Para tentar “dar conta de tudo”, eu me treinei para ser multitarefa. Escovava os dentes ao mesmo tempo em que abria as janelas da casa, sempre comia escutando podcasts ou lendo as notícias, e com isso, jurava que estava otimizando meu tempo. Não estava. E foi então que percebi que quase tudo que eu fazia na vida era no piloto automático.

Olha, não estou aqui pra vilanizar o piloto automático, não. Não sobreviveríamos se tivéssemos que focar 100% em todas as nossas atividades. É uma questão de sobrevivência. Mas deixar que esse seja o padrão que dita o ritmo da nossa vida e endeusar a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo também não é o caminho.

Para dar uma ideia do meu estado mental, por falta de atenção no momento presente, tranquei meu marido dentro de casa e levei as chaves, minhas e dele, para o trabalho – duas vezes. Já desliguei o disjuntor de energia da cozinha ao sair para viajar (estragou tudinho que estava no freezer e na geladeira, e o cheiro, depois de 15 dias, ainda era de cena de crime, mesmo depois de uma amiga muito ponta firme ter dado uma faxinada antes da minha volta pra casa). Mais de uma vez me dei conta de que esqueci a fonte do notebook dentro da cabine de interpretação quando já estava no ponto de ônibus, e levanta a mão aqui quem já resgatou meias da lata de lixo o/ – que obviamente deveriam ter sido colocadas no cesto de roupa suja. Nada grave, eu sei, apesar de inconveniente. Mas, em casos extremos, a falta de atenção pode até ser fatal. Não é à toa que surgiu a necessidade de criar uma lei e colocar a plaquinha “Antes de entrar, verifique se o elevador está parado neste andar”.

O meu trabalho de intérprete já exige, por natureza, que eu divida a minha atenção entre esforços distintos e simultâneos. Segundo a Teoria do Modelo dos Esforços, de Daniel Gile, o intérprete precisa ouvir e analisar, produzir o discurso no idioma de chegada e armazenar informação na memória de curto prazo. Tudo ao mesmo tempo e o tempo todo. Como meu trabalho requer toda essa concentração e atenção, eu sabia que precisava fortalecer essa capacidade não natural e dar uma trégua para o meu cérebro nos momentos em que sou só pessoa física.

Sabia que algo precisava mudar em mim e foi com a certeza de que seria um grande desafio reaprender a fazer as tarefas do dia a dia com mais atenção que cheguei ao treinamento de oito semanas de mindfulness.

Era preciso aprender a desacelerar, a respirar, a escolher fazer uma coisa de cada vez.

“Mindfulness é um lugar para respirar no turbilhão da vida”, segundo a definição da instrutora Regina Giannetti, do programa Você mais Centrado. “É um estado mental em que você respira, permite que sua mente se estabilize e proporcione clareza de pensamentos.”

De maneira bem direta e simples, para praticar mindfulness você não precisa de uma vista privilegiada ou de um ambiente zen. Você pode estar presente e com atenção plena assim, exatamente do jeitinho que você está agora. Não importa se tem um avião sobrevoando sua casa ou uma sirene de ambulância disparada. Se decidir baixar a poeira dos pensamentos, sente-se de maneira confortável (de preferência sem se deitar para não cair na armadilha do relaxamento total e na sonolência), deixe os pés bem apoiados no chão, feche os olhos e preste atenção apenas na sua respiração, na maneira como seu peito se move quando inspira e expira, na temperatura do ar, na quantidade de ar entrando e saindo dos pulmões até que o temporizador avise que você chegou ao final da prática. É fácil? Não, não é. No começo, 5 minutos dessa prática parecem uma eternidade. Tudo o que você pensa é: “Será que falta muito ainda?” Sua cabeça implora para que você desista, te provoca com pensamentos de “não consigo”, “já cansei”, “vou parar antes, só desta vez”. Mas se você persistir e deixar ir esses pensamentos, a prática vai ficando mais confortável, você consegue ir aumentando o tempo e colhendo os benefícios de uma mente mais tranquila.

Uma alternativa de exercício é concentrar-se apenas nas percepções, e não na respiração. Trata-se de uma varredura de cada pedacinho do seu corpo. A sensação do seu pé direito dentro do calçado que está usando agora, os pontos em que seu corpo toca o assento e o encosto da cadeira, a textura da sua roupa encostando na pele, a existência de tensão em alguma parte específica do corpo. É maluco perceber que essas coisas estavam aí o tempo todo e não damos a elas a mínima atenção. Ao ter mais autoconsciência, passamos a notar essas partes esquecidas do corpo, e ao exercitar estar mais presente, passamos a nos conhecer melhor e a entender que, muitas vezes, o que estávamos sentindo não era fome, mas sim sede, que está irritado porque uma peça de roupa está desconfortável ou, ainda, aprende a apreciar, de maneira totalmente nova, o sabor de alimentos comuns do seu dia a dia.

O exercício diário fortalece nossa mente. Sem nos darmos conta, lembramos de respirar melhor em momentos de stress, aprendemos a nos acalmar quando estamos diante de decisões difíceis, a priorizar nossas demandas com clareza.

Hoje em dia, existem muitos aplicativos, como Headspace, Lojong, Meditação Natura e Gentle Birth (para gestantes), que oferecem práticas guiadas. Todos eles dispõem de versões gratuitas e pagas, e vale a pena baixar pelo menos um e começar a usar ainda hoje!

Olha, se você achou tudo incrível, mas decidiu começar na segunda-feira ou prefere esperar ter tempo para praticar o mindfulness, já adianto que isso não vai acontecer. É preciso criar esse tempo. Que sejam 4, 5 minutos por dia, todos os dias. Nem preciso dizer que mesmo quando alegamos não termos tempo algum, “nos perdemos” por muito mais do que esses minutinhos no abismo das redes sociais e nas armadilhas da internet.

Não pode fazer a prática formal? Experimente a prática informal. Escolha alguma tarefa do dia para fazer com atenção plena. Desta vez, você não focará na respiração ou no corpo, mas na execução de uma tarefa específica. Se for escovar os dentes, por exemplo, faça como se fosse a primeira vez na vida que realiza essa atividade. Preste atenção na cor da pasta, no cheiro, na aparência, no formato da escova, no material de que é feita. Veja a quantidade de pasta que coloca, o sabor, a textura, a temperatura dela. Atente-se aos movimentos da escovação, como a escova toca os dentes, a gengiva, a quantidade de espuma que forma. Sei que parece papo de doido, mas garanto que será uma experiência rica perceber os pequenos prazeres escondidos em um dia comum, como vestir uma roupa limpinha perfumada de amaciante ou apreciar a sensação do sol leve da manhã iluminando e aquecendo seu rosto.

Resumindo, pratique, persista e se aceite. Deixe ir os pensamentos. Quando os pensamentos surgirem, em vez de se apegar e dar muita importância para eles, perceba que eles sugiram e volte sua atenção para a sua respiração ou para onde decidiu ancorar a concentração. Não se julgue e tenha paciência contigo. É da natureza humana ter pensamentos, expectativas, impaciência, sentimentos de evitação. Quando surgirem esses pensamentos, seja gentil com você mesmo, reconheça a existência deles, volte a atenção pra sua respiração e sustente o máximo que puder, sem julgamento.

Por fim, como apoio pra todo o sempre, sugiro que acompanhe o podcast Autoconsciente. Trata-se de um canal criado por uma especialista e instrutora de mindfulness que traz conteúdo para você entender melhor sua mente e emoções e viver em paz contigo mesmo.

Seja bem-vindo! Que você esteja bem.

Sobre a autora
AmandaRibeiro_047Amanda Ribeiro é formada em Interpretação de Conferências pela PUC-SP e conta com Bacharelado em Tradução e Interpretação pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduação em Tradução pela Universidade Gama Filho.
Começou sua carreira atuando como tradutora, quando teve a oportunidade de traduzir textos de diferentes segmentos. Trabalha com interpretação desde 2016 e já atuou em configurações de reuniões, auditorias, pesquisas de mercado, treinamentos e congressos nas modalidades de interpretação simultânea, consecutiva e acompanhamento. Além das modalidades tradicionais, Amanda tem experiência em interpretação simultânea remota (RSI) por meio de plataformas virtuais. Além de intérprete, é locutora comercial e narradora de audiodescrição. É apaixonada por sua profissão, ama a comunicação e está constantemente em busca de melhoria e aprimoramento pessoal e profissional.

Guest post: Inglês jurídico

Sejam bem-vindos de volta à série de convidados do blog!

A convidada deste mês é a Bruna Marchi, do Descomplicando o Inglês Jurídico e do DIRECTI (que será realizado na semana que vem, em São Paulo, com a possibilidade de participação online). Se você trabalhar com a área jurídica, não pode deixar de segui-la nem perder o DIRECTI (as inscrições ainda estão abertas, e os seguidores da minha newsletter têm desconto!).

Seja bem-vinda, Bruna!

rob-girkin-BWRY6qXMxfU-unsplash

Photo by Rob Girkin on Unsplash

Esse tal de inglês jurídico

A linguagem técnica em um idioma estrangeiro é sempre um grande desafio. Com a crescente colaboração entre os países nos âmbitos comercial e econômico, o intercâmbio de informações flui com muita rapidez.

Imagine-se um médico brasileiro que tenha a oportunidade de fazer um curso de especialização em um país de língua inglesa. Estudar os termos técnicos em inglês é de primordial importância e um grande desafio. Esse profissional terá que estudar como se diz “cabeça”, “cirurgia”, “bisturi” e outras expressões em inglês. Possuir bons dicionários e material de referência é essencial. Uma vez que o médico aprenda esses e outros termos principais na língua inglesa, está preparado para enfrentar as aulas em um país estrangeiro.

Vejamos, agora, o exemplo de um jurista que tem a oportunidade de fazer um mestrado em direito (conhecido como L.LM.) nos Estados Unidos. Assim como o médico do parágrafo acima, ele terá que estudar a linguagem técnica em inglês, nesse caso, a linguagem técnico-jurídica. Além de todos os desafios enfrentados pelo médico na busca pela aquisição da linguagem técnica, o advogado se deparará com mais um obstáculo: o fato de, na grande maioria das vezes, não haver uma equivalência absoluta entre os termos jurídicos em português e inglês. Um dos exemplos clássicos dados nessa situação é a tradução, para o inglês, do termo latrocínio, uma vez que não há uma palavra única, na língua inglesa, que transmita esse conceito.

O profissional do Direito, porém, jamais poderá se imiscuir em verter para o inglês o conceito que precisa usar para se expressar corretamente. Um instrumento essencial é o uso do direito comparado para aproximar conceitos entres sistemas jurídicos de países distintos, ou seja, com o conhecimento prévio, neste caso específico, do sistema jurídico brasileiro, o profissional deve-se dedicar a conhecer, ao menos, a estrutura geral do direito estrangeiro, para, só então, iniciar o processo de verter conceitos de uma língua para outra. Segundo Soares “[…] o ‘Direito Comparado’ tem uma realidade no universo do direito-ciência, uma vez que sempre será possível realizar-se uma comparação de sistemas jurídicos de países diferentes, com metodologia científica, estabelecer princípios comuns e diferenciados, inclusive até mesmo uma teoria geral do comparativismo jurídico, (à maneira de uma gramática universal de todas as línguas existentes). No Direito Comparado, o que se tem em mira, é realizar uma comparação e, feita esta, partir para uma dupla tarefa: a) conhecer cada termo, isoladamente, na sua individualidade e especificidade, em cada sistema frente a frente e b) da aproximação de ambos, distinguir os elementos que existem em comum e, a partir do descobrimento de valores comuns, realizar a Comparação. O Direito Comparado deverá propiciar julgamentos de valor do tipo ‘são equivalentes’, ‘produzem efeitos semelhantes, dadas as mesmas circunstâncias’, ‘são equiparáveis, desde que se desprezem tais ou quais elementos factuais’, julgamentos esses que devem propiciar a uma decisão final que, no fundo, residiria em ‘reconhecer um instituto desconhecido’ nos seus efeitos, num determinado ordenamento jurídico.”

Uma sugestão enfática é o uso de dicionários jurídicos reconhecidos no mercado. Um deles é o Dicionário de Direito, Economia e Contabilidade, inglês–português, do Marcílio. O autor permitiu a sua distribuição gratuita, em PDF. Aproveite e baixe-o aqui. Um dos dicionários inglês–inglês mais respeitados no mercado é o Black’s Law Dictionary. Acesse-o gratuitamente.

Um pergunta que muitos tradutores me fazem é a seguinte: “É essencial ter graduação em Direito para ser um bom tradutor jurídico?” Minha resposta é: não é essencial ser formado em Direito para ser um bom tradutor jurídico, porém, é indispensável, sim, ter conhecimentos básicos de Direito Comparado. Além do mais, essa tarefa é bem divertida!

Sobre a autora
4Bruna Marchi é advogada e pós-graduada em Interpretação de Conferências Inglês<>Português pela PUC-SP. Tem extensão universitária no Curso de Direito Norte-Americano, pela Fordham University, de Nova Iorque. É pós-graduanda em Direito Penal e Direito Processual Penal. É sócia-fundadora da empresa Descomplicando o Inglês Jurídico e criadora do canal do YouTube Descomplicando o Inglês Jurídico. Atua como professora de inglês jurídico e direito comparado, além de ministrar palestras sobre esses tópicos. Trabalha como criadora de cursos de inglês jurídico para a magistratura e os Ministérios Públicos Estaduais, no Instituto Educere, de Brasília. É professora do curso de Extensão Universitária de Inglês Jurídico da PUC-SP.

Guest post: Website copywriting

Welcome back to our guest post series, dear readers!

I hope your August is going well so far. Remember it’s Women in Translation month and help support the campaign and spread the word about it. For more information, follow the hashtag #WiTmonth on Twitter. And stay tuned, because my post this month (to be published on the 20th) will be special about it.

Now, let’s welcome this month’s guest, Tanya Quintieri, who is a partner of my monthly newsletter and whom I had the pleasure of meeting back in May this year, during the BP19 Conference, in Bologna, Italy.

Welcome, Tanya!

MrsDivi_Featured-Image_Website-Copy-101

Image provided by the author

Mrs. Divi about writing website copy

First, let me thank you for clicking the link to this post. It means a lot to me to be featured on Caroline’s blog. After all, we read all the big names here and I am honored to join their ranks.

Aside from being a translator (since 2002 — gosh, now I feel old), I am also a web designer and my background is in marketing. In fact, back in 2010, one of my first freelance spinoffs was a consulting agency for social media marketing. Our clients were businesses looking to harness the benefits of social media.

Fastforward to today, I coach my web design clients in writing compelling copy for their websites. I hear you… Why not just hire a copywriter? Well, truth is, most already have perfect copy. They just need a little help adapting it for their websites. As a medium, websites work differently from paper (brochures, social media profiles, etc.). One aspect is SEO. But to me, and this is far more important, focusing on UX is decisive.

But what is UX?

Well, it stands for ‘user interface’. Some even call it ‘user experience’. And that’s the term I’d like to stick to now.

To be found on Google is a noble goal. But doing business online is about more than just being found. Just because someone lands on your website doesn’t mean that they will actually buy from you. I always smile when clients come to me and say: The goal for my website is to land on page one of a Google search when people search for my keywords. To be honest, if you know what you’re doing in SEO, that is the easier part. Actually, converting those website visits is the holy grail. And it’s hard.

Converting visitors with the power of copywriting

Your ultimate goal is to guide your visitors from that first moment they land on your website. Be it through a Google search or by clicking a link to your blog post.

For the latter, it might seem reasonable to ask your visitors for a comment. But that won’t pay your rent. And if your content is worth commenting (i. e. their time), then they will comment or share anyway, even without you asking them to do so explicitly.

For the former, it’s pretty much evident that you won’t turn them into a customer or client after the first visit. Provided they are not pressed for time and their options are thus limited.

What you will want to achieve is the possibility to nurture them as leads. Ask them to sign up to your email list. Offer a freebie that solves their most pressing problem. Get them to book a call with you.

Writing your copy cleverly, with that user experience in mind, you are more likely to gain their attention in the long run. A clever marketing pro once said that a conversion bases on “know, like, trust”. Which is why it usually takes seven touch points for your potential clients or customers to buy from you.

Again, guide your website visitors. From your Home page to your Services/Product page. From your Blog page to your Resources page. From your About page to your Subscribe/Buy page.

“Do this or that” won’t cut it here. Ask questions. Engage your visitors. Rather than saying “Subscribe to my newsletter”, ask them “Are you ready to up your game in Spain?”

Writing copy for a translator’s website

Assuming that your website is up there to attract direct clients (because we all know that agencies have their own onboarding procedures and ask for CVs), focus on how you can make their lives easier. Envision the person looking for what you have to offer. Don’t dwell on diplomas and CAT tools. Explain how your offering saves them time (and thus cash), state that you are responsive, ensure them that you know their business sector (if you are specialized), take away their pain. No direct client wants to see your CV in more words when they come to your website. They want to know how you can make their lives easier.

Learn about writing copy for your website page by page

I’ve coached many of my own web design clients on writing the copy for their websites. Many of them are, in fact, on page one in Google’s search results for their respective keywords. But I also make sure that their success in digital marketing doesn’t stop there. In my course Website Copywriting 101, I explain the purpose of each page on your website, how to write copy for the body and the meta data, what kind of CTAs (Calls to Action) they need, and how to harness the power of copywriting for their onpage SEO.

You can find out more about the course at Website Copywriting 101. If you subscribe to Caroline’s newsletter, you can get a 25% discount.

 

Aren’t you a subscriber of my monthly newsletter yet? Then subscribe now to have access to exclusive discounts and draws, and be kept in the loop of what is happening in the translation/interpreting market.

 

About the author
Mrs Divi ProfileTanya Quintieri is a ProZ Community awarded mentor and German/English translator based in the Czech Republic. She’s the initiator of the 1,000,000 Miles Challenge, the Be The Change initiative, contributing member of The Language Mastermind and The Translation Mastermind, and a mother to three beautiful children. She loves Corsica and Salsa, dislikes online bullies and low quality food, and enjoys networking both online and offline. For more information about her, visit her website.