Guest post: Contabilidade para freelancers

Sejam bem-vindos de volta a mais uma publicação convidada!

As coisas por aqui estão conturbadas neste fim de ano; por isso, as publicações estão bagunçadas. Mas aqui estamos nós com a última convidada do ano, a Paulinha Vianna, que criou o aplicativo de gerenciamento de projetos e contabilidade para tradutores, o 2Manager.

Bem-vinda, Paulinha!

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Crédito: Austin DistelUnsplash

Quanto custa o seu tempo?

Quanto tempo você gasta na sua rotina de contabilidade? Sendo freelancer, sem uma equipe para fazer isso por você, você já parou para pensar no tempo que gasta para organizar suas finanças?

Atualmente, sempre que me procuram me pedindo alguma dica de finanças e eu começo a perguntar da rotina financeira, sempre recebo as seguintes respostas: eu tenho uma planilha do Excel (que mal preencho) ou faço controle no papel (bloquinho, post-it, desktop). E nunca, nunca mesmo, há planejamento financeiro no curto ou médio prazo. Trocando em miúdos, a pessoa não sabe se pode parcelar um computador novo, por exemplo, pelo simples fato de que não sabe corretamente o que tem para receber (apenas uma ideia aproximada, devido ao volume de trabalho).

Eu não sei vocês, mas essa falta de informação não serve para mim: eu preciso ter controle do meu dinheiro o tempo todo. Quanto, em dinheiro, estou fazendo no momento (mas ainda não cobrei), quanto estou para receber e, por fim, quanto já recebi e devo enviar ao contador para fazer a minha contabilidade. Mas não dá para perder tempo com essas informações, nem para produzi-las e coletá-las. Você, assim como eu, freelancer, sabe que nossa ferramenta mais valiosa é o TEMPO. E se gastamos nosso tempo nos organizando (ainda que de maneira eficaz), não produzimos – e consequentemente – não ganhamos dinheiro.

Recentemente, eu tive uma experiência com o meu programa de gestão financeira que, sinceramente, me valeu tudo o que sempre recomendo para as outras pessoas. Organização, disciplina e atenção ao financeiro, tanto quanto às minhas traduções.

Aconteceu de um cliente entrar em contato me pedindo para rever os valores que ele já tinha pagado, pois ele acreditava que estava me pagando em duplicidade. Claro, qualquer pessoa pode dizer que não é preciso muita disciplina para resolver isso, basta ir no bankline e tirar uma cópia do extrato. Sim e não. Se você faz isso, tem que se lembrar (e eu sou péssima em lembrar qualquer coisa) de quando o cliente te pagou ou então, como disse antes, perderá tempo fazendo essa checagem. E esse foi o grande “pulo do gato”! Eu entrei no meu controle financeiro e tinha exatas duas faturas pagas, uma vencendo e outra para o mês seguinte. Em 30 segundos, eu tinha toda a informação necessária, passei para o meu cliente e o problema estava resolvido. Agora ele sabe qual o valor que me deve e qual já tinha pagado (nenhum em duplicidade).

Ao retornar com a informação em 30 segundos (que, de qualquer outra forma, eu demoraria ao menos 1 hora), eu economizei meu tempo (continuando a me dedicar à tradução do dia), evitei erros (porque a informação ali estava correta) e evitei estresse (tanto para mim quanto para o meu cliente).

E se eu não demorei nada para coletar essas informações, menos ainda eu gasto para produzi-las. Para um controle eficiente, qualquer que seja o método, a disciplina é o único caminho. Então, sempre que chega um novo projeto, eu o lanço na ferramenta assim que recebo o aceite do cliente.

É fator calmante para mim, e para o meu nível de estresse, saber onde o dinheiro está. Assim, nos momentos de desespero, quando acho que estou “indo à falência”, eu abro a ferramenta e vejo todos os dados prontos, todos os valores. Isso me acalma mais que Rivotril. 😀

Por isso é tão importante o controle financeiro, ainda mais quando somos CEO, head de contabilidade, a moça do café e a faxineira da nossa empresa. Não podemos delegar essas tarefas, a não ser para nós mesmos. E numa rotina puxada como sei que a sua é, não dá para perder tempo com gestão ineficiente.

É muito importante, então, que você analise friamente o seu controle financeiro: ele atende a todas as suas necessidades, tanto na gestão de informação quanto na gestão do tempo? Porque se ele não atende a um desses requisitos, agora pode ser o momento ideal para você mudar e fazer diferente em 2020, agregando tempo ao seu dia a dia, para conseguir se dedicar ao que realmente importa: o seu negócio.

Eu, Caroline Alberoni, decidi mudar em 2020 e trocar o Excel por uma ferramenta de gerenciamento de projetos e contabilidade: o 2Manager, da Paulinha Vianna. A ferramenta já está instalada no computador, pronta com todos os meus clientes e informações necessárias para que, a partir de 1º de janeiro de 2020, eu possa começar a usá-la para valer! Bora ser mais controlado e organizado financeiramente comigo em 2020? Assine a minha newsletter e aproveite a oferta especial de fim de ano que enviarei na próxima segunda-feira.

Sobre a autora
WhatsApp Image 2019-12-08 at 20.06.21Paulinha Vianna é a criadora e fundadora do 2Manager – o app do freelancer. Uma ferramenta de gestão financeira personalizada para o seu negócio em que você tem o controle do dinheiro por toda a cadeia produtiva: desde a hora que o projeto chega até a retirada final dos lucros.

Guest post: How to make sure you are charging enough

Welcome back to our guest post series!

This month Richard Lackey, of Contractually Speaking, explains how he conducts a rate audit to see if he is charging enough for what he needs and for what he is worth.

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Photo by Alexander Mils on Unsplash

What am I worth as a freelance translator?
And how data can help you analyse your client list

A recent ProCopywriters survey came to a startling conclusion. Level of qualifications among copywriters appears to be inversely linked to earnings, in fact those who left school at 16 came out top.

This got me thinking. Could it be that many translators – who are generally highly educated – also charge too little?

Day rates, project fees, by the hour or by the word?

With the myriad of different ways to charge, it can be tough to compare rates from one client to another or from one job to another. A higher per-word rate on a tricky little project can be much less profitable than a fairly average rate on a much larger project.

The only way to truly tell is to break it down hour by hour and see what you are earning.

A two-week audit

Just like dieting, the only way to get really useful data is to track everything. You will need to keep note of exactly what you make and how long you spend working. This could be one week or, for a more accurate representation, I would recommend two weeks.

I created a very simple Excel to collect this data for me. You can download a copy of this Excel for yourself here. It’s very simple: all you need to do is fill out how many words you need to translate and the rate, then record how many words you have left to do after a half-hour or one hour session. If you are translating a non-editable file and don’t know the word count, I created a “Countup” page that provides similar data. This tracker is based on using the Pomodoro technique.

Screenshot

Image provided by the author

Did I change my rates after the audit?

Absolutely. Mid-way through last year I found I was working too much and needed to lighten my workload. Immediately after doing this analysis, I substantially raised my rates for two longstanding clients who had given me regular work, but at a rate that wasn’t giving me a good enough hourly rate.

Further analysis

The second analysis I performed, together with my business mentor, was an analysis of all my clients from the past 18 months. By grouping together all the jobs for each client, I created a neat pie chart. This highlighted my most important clients, but also showed that many profitable jobs are one-offs for new clients.

Moving forward

Project fees are now by far my preferred way to charge direct clients, but I’m still making the initial calculation based on the word count. I would like to move towards estimating the number of days a job will take and basing my fee on a day rate. Not only is it easier to compare with other professions, but it could also be a better way of allocating my working hours.

What are your thoughts? Have you ever done a rates audit to analyse your clients?

References

For more on the survey mentioned at the top, see John Espirian’s post for an interesting discussion of copywriting rates. Rates surveys like the 2001 ITI/CIOL survey (or the 2011 edition) or the BDU survey are still useful sources of data. There are also many calculators out there that help you to calculate how much you spend or need per month (such as this one by Luke Spears) although I disagree with this approach.

About the author
Richard LackeyRichard Lackey has been translating from Spanish and French to English since 2011, now as Contractually Speaking, specialising in legal and business translations. He is a qualified member of the Institute of Translation and Interpreting (ITI), Deputy Coordinator of the ITI Spanish Network committee, and a regular contributor to the bimonthly ITI Bulletin on topics such as legal translation, translation technology and co-working. You can contact him at richard@contractuallyspeaking.co.uk, via Twitter, @ContractSpeak, or his website: www.contractually-speaking.co.uk.