Guest post: Conveying your image as translator (in Portuguese)

Welcome back, dear followers! Working/studying a lot? Well, take a quick break and read our guest post today, by Thiago Araujo.

Welcome, Thiago!

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Gentileza gera gentileza e a regra de três da comunicação virtual

A vida é cheia de surpresas e uma delas certamente foi o convite da Carol para fazer este post. Sou ótimo para um bate-papo entre amigos, mas a vida de freelancer me deixou com um quê de bicho do mato. Ainda assim, gosto bastante de trocar ideias, experiências e ajudar com o que posso. Daí o motivo de topar o convite.

A tarefa que me foi incumbida: falar sobre como gerenciar nossa persona virtual por meio da nossa comunicação.

Não, não é um post sobre branding e marketing no sentido estrito, mas pode até ser, se pensarmos de maneira mais ampla. Afinal, o que escrevemos na rede e a forma como nos expressamos é o que somos para quem nos lê. É e acabou. C’est fini. Não há o que fazer a respeito disso.Aliás, depois do que escrevi até aqui, aposto que vocês já me imaginaram de algum jeito, talvez até mesmo a minha voz. Ou me enganei? Acho que não.

Mãos à obra

Como tempo é dinheiro, vamos para a parte prática: o que eu faço, Thiago? Vamos acompanhar os seguintes casos:

Primeiro

Joãozinho e Zezinho traduzem documentos de recursos humanos, participam ativamente de grupos profissionais e tentam comentar sempre que possível. Nessa situação hipotética, os dois são igualmente competentes.

Por um lado, Joãozinho só faz posts relevantes, inclui dicas de cursos, dá opiniões fundamentadas, é cordial com os colegas de grupo e já recebeu indicações para trabalhos por sua conduta.

Zezinho, por outro lado — mesmo sendo excelente profissional— é um pouco relaxado quando faz comentários. Ora trata os outros participantes com intimidade indevida, ora comenta tudo sem nenhum rigor gramatical e, vez por outra, manda uma resposta atravessada por não reler o que disse e estar na correria.

Segundo

Mariazinha e Josefina são tradutoras aptas e entregam trabalhos de qualidade na área de biomedicina. A primeira é uma mulher de poucas palavras e de pouco tempo, enquanto a segunda, embora também não tenha muito tempo, gosta de conversar e é sempre muito agradável.

Em sua lista de tradutores, uma agência de tradução verifica que as duas têm as mesmas qualificações, então envia uma mensagem para cada uma, perguntando se podem fazer uma tradução que deve ser entregue no dia X.

Mariazinha está disponível e responde com um catatônico “Estou. Posso entregar para o dia X. Avise-me se devo prosseguir com o trabalho”, ao passo que Josefina envia: “Olá, Cliente X, como vai? Obrigado por me consultar. Estou disponível para o dia X, então posso fazer seu trabalho. Avise-me se devo prosseguir com o trabalho. Até mais e bom dia” como resposta.

Terceiro caso

Rodolfo e Astolfo são tradutores de textos financeiros que têm sites sobre tradução. Rodolfo é muito ligado às tendências do mercado, tenta ir aos eventos do setor financeiro sempre que possível e a comunicação do seu site está toda concentrada no linguajar das finanças, além de publicar e comentar notícias sobre economia no Facebook.

Astolfo, com nível de especialização equivalente, também tem um site claro e direto sobre sua experiência com tradução financeira, mas sua página pessoal é impregnada de piadinhas sobre o governo atual e conteúdo que poderia ser omitido de usuários desconhecidos.

Notou as sutis diferenças?

Eu explico: se temos dois prestadores de serviços cujo trabalho tem qualidade idêntica, o fator decisivo será 1. o preço ou 2. o valor agregado. Se o preço for igual, qual é o valor agregado?

Ora, o que vem a mais com o trabalho, um leitor mais astuto dirá. E o que seria isso? Nos exemplos acima, podemos citar a gentileza, a cordialidade e a forma como nossos colegas tradutores Joãozinho, Josefina e Rodolfo se apresentam aos clientes.

Pode parecer muito óbvio para quem já coloca isso em prática, mas gentileza gera gentileza! E, digam o que quiser dizer, mas todo mundo gosta de ser bem-tratado (Joãozinho), sentir-se especial (Josefina) e ter a certeza de que seu trabalho está em boas mãos (Rodolfo).

No lugar de um colega tradutor, gerente de projetos ou mesmo a pessoa responsável pela terceirização de serviços, eu só passaria trabalho para quem conheço, confio e, por que não, gosto.

Essas três historinhas foram criadas para destacar três comportamentos, que muitas vezes são esquecidos na vida on-line: respeito, gentileza e relevância.

E as piadinhas? Ué, são permitidas, mas não precisam ser visíveis para todo mundo. Basta restringir o conteúdo para amigos daquele vinculado à sua persona virtual.

Thanks for your lovely contribution to our blog, Thiago! I loved reading your post, and I’m sure our readers will too.

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About the author
ImageThiago é tradutor, revisor e tester. Traduz conteúdo criativo e localiza jogos, mas também trabalha com a área de negócios, marketing e turismo. Em novembro de 2013, formou a LingoHaus (LinkedIn).

9 thoughts on “Guest post: Conveying your image as translator (in Portuguese)

  1. Pingback: Segundo guest post — Carol’s Adventures in Translation | Omnis virtus est mediocritas

  2. Excelente tema e o melhor, aplica-se a todas as áreas e relacionamentos. Um simples “Kind regards” pode fazer toda a diferença no tratamento com um cliente. Afinal, as vezes em que eu sou bem tratada me marcam mais do que os atendimentos ruins. Praticar gentileza para gerar gentileza, com certeza!

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  3. Isso, Rafaella, é noss obrigação transformar a gentileza na regra e fazer o cliente sempre voltar.
    Obrigado por comentar e acompanhe o blog, tem sempre muita coisa boa! =)

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  4. Concordo. Muito importante a imagem, especialmente hoje em dia que ela está arquivada na net e qualquer um pode ir lá e user seu próprio escrutínio para nos colocar neste ou naquele cubículo.

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